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BELO JARDIM, NE/Pernambuco, Brazil
"... O sonho pelo qual brigo, exige que eu invente em mim a coragem de lutar ao lado da coragem de amar..." Paulo Freire Educador pernambucano

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

E aos servidores: muito circo!


Com a criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil, pelo então presidente, Getúlio Vargas em 28/10/1937, ficou também a data, determinada para as mais diversas homenagens ao Servidor Público.

De lá pra cá, foram muitos os avanços para essa parcela da sociedade que se faz presente em todos os recantos do país. No entanto, no meio desses avanços, muitos projetos governamentais tiveram como meta principal sucatear o serviço público e, consequentemente seus servidores.

O Governo do PSDB fez isso muito bem, nos 08 anos da gestão de FHC nenhum concurso público, e o que é pior, durante todo esse tempo, apenas 1% foi o percentual de aumento salarial.

Esse modelo teve eco em vários Estados e Municípios brasileiros. E a situação d@ Servidor@ público, ainda hoje, sofre os reflexos daquela época.

Aqui em Belo Jardim, a situação foi bem pior, essa categoria é vista como massa de manobra para fins eleitoreiros. Nenhuma preocupação se vislumbra, no sentido de valorização da classe. Os gestores públicos passam por cima das leis, como se passa por cima de uma barata com a intenção de esmagá-la. Simples assim! Calote nos salários (como diz a galera) "é bóia".

Para se ter uma idéia, @s seviror@s da Prefeitura de Belo Jardim, esperam há cerca de 11 anos que a justiça obrigue a Prefeitura a pagar 3 meses de salários, que foram surrupiados dos mesmos em 2000. O famoso "três meisinhos" - como ficou conhecido na cidade, lembram?


O gestor que assumiu a prefeitura em 2001, ganhou a eleições com o mote da valorização do servidor público, se aproveitando, inclusive, dos desmandos da gestão anterior. Enrolou todo mundo: se negou em pagar os três meses de salários atrasados daquel@s funcionári@s como se a dívida fosse uma dívida pessoal do seu antecessor, e não, uma dívida da prefeitura. A isso, somou uma espécie de demissão light - botou pra fora da prefeitura, sem dó nem piedade, mais de 400 servidor@s públicos EFETIVOS com isso, abriu espaço nesse serviço para seus cabos eleitorais e apadrinhados políticos, contratou mais de 1000 pessoas, dessa forma, inchando a máquina pública. Como ess@s entraram pelas mãos do prefeito, ficaram também refém do mesmo. Qualquer aperto (financeiro) @s contratad@s pagavam o pato. Salários diminuídos, períodos de trabalhos voluntários...

Oito anos se passaram e o prefeito da "disponibilidade" conseguiu eleger seu sucessor. Esse, conseguiu apagar do "caderno de contas" da Prefeitura, o débito dos 3 meses, isso pouco se ouve falar. @s professor@s aqui, ficam sem o direito sagrado de receber o Piso Nacional do Magistério. Um calendário de pagamento, isso nem pensar, paga-se os salários quando é viável para a administração. Concurso Público? Ah! isso é bicho de sete cabeças! Pra que? Se a economia que se faz mantendo mais de 1.300 contratad@s não tem calculadora doméstica que faça, e sem contar, que ai estão, 1.300, mais as suas família... possíveis eleitor@s.

Os órgãos ligados à Prefeitura, a exemplo da Autarquia Municipal, vêm, ao longo dessa administração surrupiando os salários d@s servidor@s de lá. Atualmente a pisadinha é essa: junta-se três meses de salário e paga-se dois.

Mas, quando chega o dia 28/10, a festa é grande: almoços/jantares de confraternização; shows artísticos na rua...

Pura enrolação para fins eleitoreiros dentro de uma cultura do Pão & Circo.

É preciso mais! É preciso valorizar @ servidor@ viabilizando melhores condições de trabalho, de segurança e de salário!


A vida pode até ser considerada "um carnaval", pena é que as máscaras mais cedo ou mais tarde, sempre caem!



A tod@s @s sevidor@s públicos a minha solidariedade! E lembrem-se: uma categoria valorizada depende essencialmente da responsabilidade e do compromisso de cada um de vocês com um projeto político que de fato entenda a diferença entre o público é o privado.

À LUTA SEMPRE, COMPANHEIR@S!


3 comentários:

Helaine disse...

Eu já estava com saudade dos seus textos. Fico pensando: como farei quando me formar? Queria muito trabalhar na minha terra sem apadrinhados políticos,sem ser perseguida por acreditar em outra ideologia política ou fazer parte de outro partido. Quero entrar pela porta da frente... aahh, como se faz isso? Através de concursos públicos!(sem fraudes, lógico). Ainda tenho esperança! E a politicagem já começou, to vendo lavagem de roupa suja na radio,em nenhum momento escuto "os senhores" discutirem uma forma de governar melhor,sem esta politicagem nojenta. Estamos cansados de tanto desrespeito. 2012 está chegou (para muitos já chegou) temos o poder da mudança em mãos: o VOTO!

Helaine disse...

Ops, corrigindo: " 2012 está chegando...

BRUNO GALVÃO disse...

Ao lêr cada frase escrita nesse texto, me pego refletindo em alguns acontecimentos de um passado tão recente.Cito um. Lembro-me com muita propriedade de um acontecido na campanha de 2000, em uma reunião no centro social, onde, o então candidato a Prefeito JM, reuniu em conjunto com suas lideranças uma grande parcela dos servidores e naquele momento ofertou o seu compromisso e o total apoio a classe,inclusive, fazendo promessas das mais variadas. E a recompensa, todos nós vimos em seguida. Mais de 400 trabalhadores colocados no olho da rua. Não foi resolvido até agora e, caso fosse hoje, o município precisaria desembolsar mais de 13Milhões de reais para saldar esta dívida. É a política do grupo atual e de alguns aprendizes desse modelo de gestão que tiveram e têm, a oportunidade de amenizar esta lembrança tão negativa para tod@s nós. Isto sem falar, no plano de cargos e carreira; na ausência do debate; na falta de cumprimentos de acordos;entre tantos outros exemplos bem pequenos que eu poderia citar.
Estou altamente contemplado com o seu texto, Professora Adilza e aproveito para agradecer a reflexão ofertada nesta data tão importante, não só para a classe, como também, para o todo no geral.